Quais as principais hard skills para um back-end developer
7 de Outubro de 2021
Antes de nos debruçarmos sobre quais as competências técnicas necessárias para uma carreira de back-end, importa conhecer com algum detalhe quais as suas funções. Atividades como escrever APIs, criar bibliotecas e trabalhar com componentes de sistema sem interfaces de utilizador, estão incluídas no back-end. Quando é feito um pedido ao sistema através de uma estrutura de front-end, é da responsabilidade do back-end assegurar que um programa entrega quaisquer dados ou informações solicitadas. Manter bases de dados, gerir APIs, testar e fazer debugging, para que seja garantido o funcionamento de um software de forma eficaz, são algumas das possíveis funções a realizar. A formação especializada aliada à experiência e à constante vontade de aprender, constituem ferramentas essenciais para potenciar as carreiras destes profissionais. Listamos assim, algumas das principais ferramentas utilizadas por um back-end developer:
LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO
PYTHON
Python é das linguagens de programação mais populares da atualidade. Conhecida pela sua sintaxe simples, a razão por trás do seu destaque deve-se ao facto do Python ser fiável, acessível, suportar múltiplos estilos de programação e de fornecer excelentes visualizações de dados. A partir daqui os developers podem utilizar abordagens de programação funcional e orientada a objetos com a mesma facilidade. O suporte da linguagem para bibliotecas que lidam com base de dados torna a visualização mais simples, um desenvolvimento rápido e além disso, a sua sintaxe é relativamente fácil de aprender. O extenso conjunto de bibliotecas e estruturas Python pode ser extremamente útil para poupar tempo, o que se traduz numa programação mais eficiente.
JAVA
Esta tecnologia é capaz de lidar com tarefas de programação mais robustas, sendo incrivelmente útil para programadores back-end, pois é uma linguagem de alto desempenho que suporta programação orientada a objetos e pode ser executada em qualquer sistema que suporte uma máquina virtual Java.
PHP
PHP (Hypertext Preprocessor) é uma linguagem de scripting server-side e open-source, que foi desenvolvida especificamente para a web e concebida para trabalhar com HTML, servidores e bases de dados. Sendo simples, no que toca à sua aprendizagem, o PHP tem uma comunidade enorme e é suportado por várias frameworks. A grande maioria dos websites é construída em PHP, que é também a linguagem que existe por detrás do Wordpress, WooCommerce e Shopify. Esta linguagem permite construir landing pages e websites simples, mas também a criação de plataformas web mais complexas.
JAVASCRIPT
JavaScript é uma linguagem de scripting que pode ser utilizada tanto no lado do cliente como no lado do servidor para o desenvolvimento de páginas web dinâmicas. É a sua aplicação que torna um website dinâmico, permitindo então a interação do utilizador final. A razão da sua importância para um back-end developer surge pelo facto de ser possível manipular e tratar de todas as operações da base de dados, desenvolver a lógica empresarial de uma aplicação e também implementar uma API de raiz. Por estes motivos, o seu uso no desenvolvimento web está a aumentar, já que torna todo o procedimento bastante mais fácil.
FRAMEWORKS
DJANGO
Bastante famosa pela sua feature 'Django admin', esta é uma framework da linguagem de programação Python. Permite um rápido desenvolvimento de websites, mantendo elevados níveis de segurança, aliados a uma manutenção e atualização simples. Trata-se de um backend gerado automaticamente que permite gerir o website de forma rápida, segura, não necessitando de muito desenvolvimento. Django vem com um ORM que pode também suportar migrações de bases de dados e outras tarefas associadas. Esta framework escrita em Python, viu as suas primeiras linhas de código em 2005, e destaca-se pela sua facilidade de utilização, uma vez que não é necessário a escrita de longas queries, e por ser capaz de criar modelos e templates de acordo com dados específicos. Trata-se de uma plataforma gratuita e open-source, com uma comunidade próspera e ativa, já que mune os seus developers com documentação muito útil.
NODE.JS
Node.js não é tecnicamente uma framework, nem uma linguagem de programação ou uma biblioteca, é um software open-source, multiplataforma, baseado no interpretador V8 da Google que é utilizado para executar aplicações web fora do navegador e que pode ser aplicado no software do lado do servidor, aplicações e APIs que residem em locais inacessíveis para os utilizadores (o back-end). Muitos programadores de back-end optam pelo Node.js pela sua velocidade, capacidade de compilar o código JS e pela sua velocidade quase instantânea. Além disso, as suas maiores vantagens são a escalabilidade e a possibilidade de adicionar rapidamente nodes aos sistemas existentes. Como apoio aos developers existe uma comunidade próspera por detrás, com atualizações regulares e uma fundação (OpenJS Foundation) responsável por supervisionar o seu crescimento.
LARAVEL
Considerado como uma das melhores estruturas PHP para o desenvolvimento de aplicações web, esta framework permite construir aplicações usando uma sintaxe muito acessível. Com um vasto sistema de templates, integrações rápidas de bibliotecas de terceiros, Laravel assegura que qualquer website tem um back-end seguro. À sua disposição, os developers têm um conjunto de funcionalidades prontas, normalmente utilizadas em projetos web, como autenticação, redireccionamento, sessões e caching. O processo de desenvolvimento é assim simplificado, permitindo aos programadores um maior foco na personalização da solução. Esta framework oferece ainda uma arquitetura única, onde é possível criar a sua própria infra-estrutura, especificamente concebida para a sua aplicação.
Embora os programadores back-end trabalhem nos bastidores de um software, a sua contribuição para o sucesso de uma aplicação web é crucial. Em qualquer projeto web ou mobile, será fundamental que, desde o seu arranque, exista uma boa comunicação entre todos os elementos da equipa. Além disso, a compreensão das necessidades e dos objetivos de todas as partes interessadas, poderá ajudar a criar uma arquitetura do sistema bem-sucedida, fornecendo soluções valiosas. Devido ao conhecimento técnico que esta função requer, a maioria dos profissionais inicia o seu percurso académico com uma formação mais especializada na área de Ciências da Computação, que posteriormente consolida com experiência profissional, em paralelo com cursos e workshops que oferecem uma nova dimensão de conhecimento acerca das mais recentes tecnologias e que melhoram as suas competências.
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